segunda-feira, 23 de julho de 2007

Quero-te Bem

Gostando ou não gostando do que se ouve, a verdade é que não podemos negar a universalidade, a união que a música provoca.
Não podes negar… Sente-o só. Sente o poder da música, adicionado á chuva que cai lá fora, às letras que fluem para mais alguém ver, para mais alguém adicionar as pingas de água e para juntar mais letras às letras já postas e que são as respostas para o que precisas…

Os gostos e estereótipos perdem-se quando se está unido por uma causa, e aquela música, aquele som, que normalmente não aprecias pode tornar-se numa boa razão para estar e comemorar entre amigos, estabelecer laços por uma boa razão. Podes não gostar de rock, podes não gostar de Pop, mas não negas a melodia da amizade, essa não conhece gostos, essa não tem classe, apenas ouves e reproduzes, espalhas e cativas…

Alheia-te á guitarra, ao som forte da bateria, atenta nas palavras… Imagina-te no texto do rapaz louro, onde és o Homem que vendeu o Mundo, ou então segues nas palavras boémias do Sérgio ou junta-te á capacidade viril de chamamento da revolução do Valete… ou sobrevives simples, á Procura da Batida Perfeita como o Marcelo.
Um texto vivo, impermeável às investidas do ouvinte que recorta um verso para gritar ao círculo de amigos o estado de espírito na hora, o ideal para o futuro ou o “amo-te” do presente.

A música faz-te ser. Dá-te motivos para o ser. Para ser o quê? Para seres tu, para seres alguém, para seres original, para seres inspirado, para seres controverso, para seres parvo, para seres o caralho que te foda. Para seres.

Uma vez alguém disse. “Podem tirar-me tudo, mas nunca me hão-de tirar a liberdade de pensar” – A música atrai liberdade, a música é liberdade, nenhum opressor consegue impedir a criação de uma melodia na mente de quem quer que seja. Por muito escassa que seja, um simples assobio é a nota de liberdade, até da indignação. Quantos não vivem a cantar, quantos não cantam para viver? Percorremos uma vida que tem como companheira uma banda sonora…

Perde-te entre as discografias, estuda as mensagens, e se por acaso te deparares com a voz arranhada, dum então rapaz gasolineiro, presta atenção: “Trouble souls unite, we got ourselves tonight”

Nem sempre são versos, é Poesia.
«Porquê perder tempo quando só tu é que me atrais?» É hora de “musicar as minhas mudanças.”

Luís E Vítor (noites de glória…)

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom. Muito bom :)

"Quero-te bem." *

Anónimo disse...

"Quero-te bem", muito bem :)